quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O esperar é complicado, mas o chegar é compensador.
O tempo não é quem cura, é o chegar o responsável por isso.
O chegar da esperança, o chegar do amor... o olá ao coração.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

+ Amor

Cá estou, submersa pelo mar.
Sem controle do meu próprio corpo, tentando sintonizar minha mente.
Enquanto meus membros lutam arduamente para encontrar o solo, em espírito viajo para encontrar-me com tua essência.
Ouço, de longe, gritos de socorro... todos por mim... que loucura!
Sinto meu corpo pesar e minha voz - sufocada pela água salgada - já não sai, nem se quer para dizer adeus.
Agora já não 
ouço os gritos, já não vejo a luz e já não movimento os membros. O que me resta é a mente, que já se conforma em mergulhar sem volta.
Estou em outra dimensão. Aqui posso te ver, mas te tocar não é possível. E de que vale viver se não posso te sentir num abraço?
Sinto fortes dores no peito. Está meu coração lutando para continuar pulsando ou sendo arrancado do meu seio pela morte?
Sem forças, me sentindo cada vez mais distante da vida, vou afundando como uma âncora.
Enquanto o sol reflete a água que me cobre, enxergo lentamente dois diamantesinhos que brilham como se fossem puro amor em forma de pedra.
Levito.
Sinto calor
Luz
Oxigênio!
Estou deitada na areia com todos a minha volta, crendo no milagre que acaba de acontecer.
Sem mais, levanto-me e agradeço aos céus!
Estou viva!
Viva pelo amor, viva pela essência... viva por ainda necessitar de ambos!
Necessito de amor, vivendo por essenciamor.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dona Rosa


Dona que é dona sem querer
Dona da graça de viver;
Exala um ar que ao meu ver
É puro amor 
Me faz crescer 

Dona que cuida, que alimenta
Dona humilde pra quem peço a benção
Dona querida, que é um exemplo
Carrega pureza em todo pensamento

Dona que é mãe, dona que vó
Quem me criou, quem me deu voz
Dona tão linda que mereceu nome de flor
Rosa Caetano, meu maior amor

Se hoje eu soubesse fazer poesia
Teu nome em cada verso citaria
Mas ainda me perco em meio a rabiscos
Prefiro abraçar-te e sussurrar-te aos ouvidos

És dona minha, por quem tenho amor
E que os céus me levem antes da dor
De não tê-la ao meu lado fritando bolinhos
Enquanto o sol se embeleza e vai se pôr 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quero lançar-me numa fogueira e sentir o cheiro da minha própria carne sendo queimada com todos os desejos que um dia me atordoaram. Quero agoniar-me com meus próprios gritos de dor e derreter lentamente como uma vela na escuridão.
Quero morrer aos poucos, assim como vivi, como sofri e como amei.
Quero que caçoem de mim até meu último suspiro por saberem que, de tanto pregar o amor, me preguei à um impossível e junto à minha covardia lancei-me ao enxofre.
Miserável! Maldita! Mau amada e todos os outros emes.
Algumas lagartas morrem lagartas. São banhadas de álcool e queimadas quando se aproximam demais das belas flores e dos bons frutos. Se retorcem, se arrastam e se encontram com a morte antes mesmo de criar as tão esperadas asas.
Se não fosse tamanha a vontade por aquelas folhas, se tivessem resistido, se esperassem elas voarem ao seu encontro não teriam passado por tal sofrimento. Mas como lidar com seu instinto? Como frear se o desejo te carrega à própria morte e abre sua sepultura?
É como me vejo.
Me deslumbrei, me deixei levar e, antes mesmo de sentir de perto o cheiro do verde, me vejo banhada em álcool.
Aguardo a morte.
Toquem músicas eruditas enquanto ardo em chamas e digam ao meu amor que eu a amei - e como amei.

domingo, 24 de junho de 2012

Parece até que grudaram um imã em mim e infincaram ferros em tudo o que é ruim.
O mal me segue e, como flecha, se instala em meu peito.
Estou a milímetros da morte;
Estou a meio passo de um precipício.
Como cão covarde me pego fugindo, correndo
me confundindo.
Os ouvidos se fecham enquanto grito socorro e quando se abrem já não tenho voz, nem fôlego.
Que sentido ha de ter essa vida tão maltrapilha? 
Vagabunda, moribunda é o que sou! Por não ser como os outros da vitrine.
Quem sou já não importa e se o ter é o que me faz valer, nada valho porque nada tenho.
Minha riqueza não é apalpável, apesar de ser sensível a toques; 
Meu ouro é o amor que carrego e o amor que carrego de nada vale para os que enxergam com olhos $ujos.
Pobres são os amantes
Ordinária sou. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso. 


Osho, em "Ecstasy: The Forgotten Language"

É que eu te amo

É certo que tua beleza me encanta, mas é tua verdade o que me fascina.
Já não me vejo sem teus abraços, mas é do teu olhar que necessito.
Tua essência te traduz, mas meu amor - tão confuso - não entende com clareza o que teu coração diz.
Desejo teu toque, desejo o amor que tens à derramar;
Quero tua plenitude.
Sonho com teus sorrisos que, involuntariamente, abrem os meus; sonho com sua voz que me cala e me apura os ouvidos... sonho com teu sabor.
O gosto dos frutos maduros me lembram os doces beijos que nunca demos. O mexer de asas dos pássaros lembram-me dos movimentos do teu corpo ao dançar pra mim em sonhos.
Te venero, te almejo.
"Não te quero em pedaços como quem coleciona peças de um enorme quebra-cabeça"; quero-te por inteiro.
Quero teus defeitos e teus cabelos bagunçados; te quero em teus dias de fúria e quero beijar-te antes do café.
Quero entrar na sua rotina e ser parte do teu dia-a-dia.
Quero viver nossas crises, resolver nossos problemas; quero que exista uma nossa vida.
Porque, como necessito de amor para viver, assim preciso de você.