quarta-feira, 25 de abril de 2012



 Quarta feira longa
 Nostalgia intensa
 Frio gostoso
 Café morno

 Som ao fundo
 Letras surgem
 Fiz um conto
 Nem te conto

 To tão longe
 Sinto muito
 sua falta
 Me mata

 Menina, acorde
 Aceno pra ti
 Caminho ou paro?
 Me dê um palpite!

Futuros frutos de mim


Imagino um quintal grande, com árvores, flores, ervas e balanços por toda parte.
Imagino meus moleques correndo, sujos de lama e tinta, cantando a mesma canção que cantei durante toda minha infância e prometi a vovó que também ensinaria aos meus.
Consigo sentir o cheiro dos biscoitos que farei no fim da tarde; me vejo brigando com os meninos por não lavarem as mãos antes de comer e por deixarem a mais novinha pra trás.
Comecei a escrever contos, ainda na adolescência, para ler antes de fazê-los dormir. Sempre soube que seriam a peça que completaria esse grande quebra-cabeça que é a minha vida.
Ainda não chegaram, mas já estão prontos. Eu sinto que estão e sinto que vão me trazer aquela bendita coisa chamada felicidade.
Vou me preparando, sonhando e construindo nosso lar.
Serão mui bem-vindos, Bernardo, Mel e os demais que quiserem vir.
Já os mimo

sábado, 21 de abril de 2012

Volta sempre o sol

Ei bela moça, por que estás triste assim?
Como me dói ver-te de tal modo.
Não chore!
Aliás, chore sim. Mas use as lágrimas apenas para regar seu sorriso, não se afogue nelas.
"Nem tudo são flores, mas regue"
Venha! Dê-me sua mão , repita comigo: vou além!
Lhe ofereço meu ombro, minha amizade e sou toda ouvidos.
E, quer saber, eu escreveria nas estrelas motivos pra você nunca tirar aquele sorrisão do rosto.
Não hesite em procurar-me, estarei sempre por perto, com um doce em mãos, quando precisares.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

1.2

Cá estou lhe escrevendo outra vez.
Ainda não me acostumei com esse tal sentimento, mas já é mania criar textos inspirando-me no que poderiamos ser. Na verdade, no que eu acredito que somos, sempre que fecho os olhos!
Hoje compus uma canção com seu nome, acredita?
Enquanto corria pra me proteger da chuva, mais cedo, imaginava como seria gostoso ficar sob ela de mãos dadas contigo, olhando seu cabelo perder o volume , seus olhos fecharem e sua cabeça encostar lentamente no meu ombro. Pude sentir o seu cheiro ao sonhar acordada com isso!
Que loucura! Nunca imaginei ser capaz de sentir algo tão forte e intenso. E, ah, como é prazeroso carregar esse amor em mim. Mesmo não tendo uma resposta, mesmo com esse meu medo de revelar e demonstrá-lo.
Eu, logo eu, que sempre tentei ser transparente e dizer todas as verdades estou aqui, jogada à um amor platônico, sem coragem de assumi-lo inteiramente.
E, francamente?! Eu esperava mais de mim!!
Afinal, o que eu tenho a perder?
Eu poderia muito bem segurar os seus braços e dizer olhando fundo nos teus olhos o quanto eu te amo e o quanto eu desejo estar perto de ti todo o tempo.
Mas, olha como minhas pernas tremem só em pensar nisso!
Sem contar que, confessa, você me acharia uma louca.
Enquanto essa coragem não chega, me sinto satisfeita em te observar de longe, em compor com seu nome e em ouvir Eagles sonhando contigo.
"E, mesmo assim, eu queria te perguntar se você tem aí contigo alguma coisa pra me dar, se tem espaço de sobra no seu coração. Quer levar minha bagagem ou não?"

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Céu de Brasília, eu te amo

Caio F. Abreu

E te espero.
E te curto todos os dias.
E te gosto.
Muito.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Te faço um café
ou um cafuné
se tu quiser

Mova-se

E como ser fria se meu coração é quente?
Pudera eu conseguir escrever sobre outros assuntos.
O que fazer de mim que só sei falar de amor?
Nada mais me cabe, o amor em mim transborda. Respiro esperança, paixões, emoções...
Apaixono-me diariamente, por seres, por coisas, por cores, por sons e até por pessoas, que pouco entendem de sentimentos.
Sinto, todos os dias, que amar me basta. Que o amor é o suficiente. Que o "sentir" é o que me move.
De que adianta ver e não querer? Que valor tem um beijo que nada desperta?
Ah, digo com certeza, se nenhum arrepio eu sentir, de nada valerá.
Que graça tem pintar sem imaginar o que a obra vai causar? De que adianta escrever se não se sentires a vontade consigo mesmo?
Repito! Sentir é o que nos move.
Sinta o amor. Ame. Mova-se.
Deixemos de lado essa mania de só querer amar alguém. Ame algo! Seja lá o que for. Olhem ao redor! Vejam quantas flores, quantas estrelas, quantos poemas... por favor, me diga, como nunca se apaixonou por essa lua divina?
Não siga os contos de fadas, crie seus próprios contos, oras! Sejam eles sobre o vento, o sol, o campo, objetos...
Vamos lá! Você é mais forte que você, como diria CL.
Basta sentir e se entregar

domingo, 8 de abril de 2012

Suplico

E quando as águas passadas se transformam em nuvens que voltam à tona pra causar
tempestades, já não se pode fugir.
De onde tiram tanta força pra nos derrubar?
Por que voltam? Pra quê?
Me cubro, me escondo mas, vejam só, a nuvem chegou logo atrás.
Se ao menos fosse uma chuva passageira, até serviria pra me regar e deixar-me mais
resistente ao que estivesse por vir.
Mas, como lidar com um dilúvio?
Vá, pelo amor, se vá!
Te peço, até perder o folego, me deixe em paz!
Que mal lhe causei pra sofrer tantas perseguições?
Que bem lhe fiz pra quereres tanta aproximação?
Não consegue me ouvir?
Ei! Me solte! Não me diga mais isso...
Não, por favor. Pare de repetir!
Não lhe pertenço, coisa alguma.
Achas mesmo que com tamanha loucura vais me ter ao teu lado?
Que olhar é esse?
Pare, estou assustada.
Você diz amor, mas transmite ódio.
Você sorri como uma criança, mas me olha como um psicopata.
Estou, ah, quem diria... estou com medo de você.
Eu secaria essas tuas lágrimas, se soltasses meus braços.
Eu tentaria te entender, se não estivesses gritando tanto.
Eu
Eu não acredito que me doei tanto à você.
Me machuquei, me desgastei. Eu lutei tanto por nós, querido.
E agora, veja à que ponto chegamos!
Você nunca se importou, nada tinha valor pra ti.
Agora que os sorrisos voltaram a fazer parte de mim, me apareces com essa bagagem imunda.
Não me obrigue a fazer isso. Te imploro. Pelo pouco de humanismo que restaste em ti, não me obrigue.
Mate-me ou me deixe fazer isso.
Eu prefiro
juro que prefiro.
Me diga adeus. Pra sempre, dessa vez.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

1

Quero lhe convidar para entrar
Lhe mostrar meus poemas
Te fazer um chá

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Clarice e Zoraide ♥



Vida que segue

Eu vou fechar os olhos e molhar o meu rosto.

Vou regar as sementes que plantei na minha varanda. Vou pendurar um bebedouro de água doce na janela, para os beija-flores me presentearem com visitas enquanto eu escrevo. Vou pegar aquele velho violão com cordas que nunca foram trocadas e vou tocar, vou tocar com todo o meu sentimento. Vou fechar os olhos outra vez e aí, aí cantarei. Cantarei com toda a minha voz, até sentir minhas lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto. Vou respirar fundo. Vou acender um incenso. Eu vou olhar fotografias e abrir um sorriso daqueles que deixam os olhos encolhidos e os ombros levantados. Vou desenhar estrelas por toda parte. Vou conversar com os astros. Vou correr atrás das nuvens e vou ver-te correndo em direção contrária. Vou me aproximar de ti. Vou te observar soprar um dente de leão. Vou te olhar fundo nos olhos. Vou te convidar pra vir comigo. Você vai dizer, sorrindo, que vem.

Eu vou abrir os olhos e vou secar meu rosto.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Através da lente

Hoje eu percebi
Que algo acontece quando a Lua cresce
E eu posso ouvir
Alguns sussurros voando com o vento

Que vêm me seguir
Como os girassóis perseguem o sol
Querendo-o para si

É que hoje eu percebi
Que perceber o percebível não é tão simples assim
Que imaginar e colocar em folha pode ser o fim
De um pensamento que atravessaria

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão

De quem herdastes olhos tão lindos, menina morena?
E essa tua pele macia, outro alguém também tem?
Ah! E como me encantas com esse teu linguajar, que parece ter sido tirado de um romance.
Já percebeu como me sinto ao teu lado? Já reparou em como meu riso se solta ao te ver?
Não repare. Isso! Por favor, não repare mesmo!
Mal consigo erguer a cabeça, tamanha a vergonha que sinto quando te encontro e, se reparar todos esses outros sintomas, mal vou conseguir respirar perto de ti.
Confesso, menina doce. Estou presa em algo que tens.
Na verdade, me prendi antes mesmo de te conhecer. Calma, eu também custei a entender!
Será um erro me entregar a um amor assim? Ta tudo tão incerto.
Será pecado gostar tanto assim de ti?
Oh, minha menina. És um sonho tão inalcançável e eu me perco tantas vezes tentando encontrar respostas.
Algo em ti desperta algo tão intenso em mim que já posso afirmar que seria eternamente feliz ao teu lado. Já sentiu algo parecido por alguém?
Como eu gostaria de lhe dizer desse sentimento; como eu gostaria de poder demonstrá-lo. Mas e esse turbilhão de coisas que passam pela minha cabeça? O que faço com eles? Ah céus, e se eles forem verdade? Me dá um medo.
Outrora penso que se recíproco fosse, não me importaria com essas vozes aos meus ouvidos, apenas remaria. Pois, como poderia ser errado um sentimento tão imenso? Como poderia ser pecado essa vontade tão gostosa?
Apesar de viver de paixões, nunca entendi muito sobre amor. Mas se esse é mesmo o maior e mais intenso sentimento, declaro estar te amando. Mas declaro em silencio.
Repito, minha menina. Tenho tanto medo.
Se, ao menos, você me desse um sinal, eu eu saberia que direção seguir. Se, ao menos, tivesses remos nas mãos, sem medo eu te chamaria pra remar comigo e até te contaria histórias no caminho.
Mas como saber? Eu mal consigo puxar assunto com você.
Ah, menina, "eu queria tanto que você não fugisse de mim. Mas se fosse eu, eu fugia".

Trilha sonora ao escrever o texto:
Tiê - Dois
Clarice Falcão - Qualquer negócio e Macaé