O esperar é complicado, mas o chegar é compensador.
O tempo não é quem cura, é o chegar o responsável por isso.
O chegar da esperança, o chegar do amor... o olá ao coração.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
+ Amor
Cá estou, submersa pelo mar.
Sem controle do meu próprio corpo, tentando sintonizar minha mente.
Enquanto meus membros lutam arduamente para encontrar o solo, em espírito viajo para encontrar-me com tua essência.
Ouço, de longe, gritos de socorro... todos por mim... que loucura!
Sinto meu corpo pesar e minha voz - sufocada pela água salgada - já não sai, nem se quer para dizer adeus.
Agora já não
Sem controle do meu próprio corpo, tentando sintonizar minha mente.
Enquanto meus membros lutam arduamente para encontrar o solo, em espírito viajo para encontrar-me com tua essência.
Ouço, de longe, gritos de socorro... todos por mim... que loucura!
Sinto meu corpo pesar e minha voz - sufocada pela água salgada - já não sai, nem se quer para dizer adeus.
Agora já não
ouço os gritos, já não vejo a luz e já não movimento os membros. O que me resta é a mente, que já se conforma em mergulhar sem volta.
Estou em outra dimensão. Aqui posso te ver, mas te tocar não é possível. E de que vale viver se não posso te sentir num abraço?
Sinto fortes dores no peito. Está meu coração lutando para continuar pulsando ou sendo arrancado do meu seio pela morte?
Sem forças, me sentindo cada vez mais distante da vida, vou afundando como uma âncora.
Enquanto o sol reflete a água que me cobre, enxergo lentamente dois diamantesinhos que brilham como se fossem puro amor em forma de pedra.
Levito.
Sinto calor
Luz
Oxigênio!
Estou deitada na areia com todos a minha volta, crendo no milagre que acaba de acontecer.
Sem mais, levanto-me e agradeço aos céus!
Estou viva!
Viva pelo amor, viva pela essência... viva por ainda necessitar de ambos!
Necessito de amor, vivendo por essenciamor.
Estou em outra dimensão. Aqui posso te ver, mas te tocar não é possível. E de que vale viver se não posso te sentir num abraço?
Sinto fortes dores no peito. Está meu coração lutando para continuar pulsando ou sendo arrancado do meu seio pela morte?
Sem forças, me sentindo cada vez mais distante da vida, vou afundando como uma âncora.
Enquanto o sol reflete a água que me cobre, enxergo lentamente dois diamantesinhos que brilham como se fossem puro amor em forma de pedra.
Levito.
Sinto calor
Luz
Oxigênio!
Estou deitada na areia com todos a minha volta, crendo no milagre que acaba de acontecer.
Sem mais, levanto-me e agradeço aos céus!
Estou viva!
Viva pelo amor, viva pela essência... viva por ainda necessitar de ambos!
Necessito de amor, vivendo por essenciamor.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Dona Rosa
Dona que é dona sem querer
Dona da graça de viver;
Exala um ar que ao meu ver
É puro amor
Me faz crescer
Dona que cuida, que alimenta
Dona humilde pra quem peço a benção
Dona querida, que é um exemplo
Carrega pureza em todo pensamento
Dona que é mãe, dona que vó
Quem me criou, quem me deu voz
Dona tão linda que mereceu nome de flor
Rosa Caetano, meu maior amor
Se hoje eu soubesse fazer poesia
Teu nome em cada verso citaria
Mas ainda me perco em meio a rabiscos
Prefiro abraçar-te e sussurrar-te aos ouvidos
És dona minha, por quem tenho amor
E que os céus me levem antes da dor
De não tê-la ao meu lado fritando bolinhos
Enquanto o sol se embeleza e vai se pôr
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Quero lançar-me numa fogueira e sentir o cheiro da minha própria carne sendo queimada com todos os desejos que um dia me atordoaram. Quero agoniar-me com meus próprios gritos de dor e derreter lentamente como uma vela na escuridão.
Quero morrer aos poucos, assim como vivi, como sofri e como amei.
Quero que caçoem de mim até meu último suspiro por saberem que, de tanto pregar o amor, me preguei à um impossível e junto à minha covardia lancei-me ao enxofre.
Miserável! Maldita! Mau amada e todos os outros emes.
Algumas lagartas morrem lagartas. São banhadas de álcool e queimadas quando se aproximam demais das belas flores e dos bons frutos. Se retorcem, se arrastam e se encontram com a morte antes mesmo de criar as tão esperadas asas.
Se não fosse tamanha a vontade por aquelas folhas, se tivessem resistido, se esperassem elas voarem ao seu encontro não teriam passado por tal sofrimento. Mas como lidar com seu instinto? Como frear se o desejo te carrega à própria morte e abre sua sepultura?
É como me vejo.
Me deslumbrei, me deixei levar e, antes mesmo de sentir de perto o cheiro do verde, me vejo banhada em álcool.
Aguardo a morte.
Toquem músicas eruditas enquanto ardo em chamas e digam ao meu amor que eu a amei - e como amei.
Quero morrer aos poucos, assim como vivi, como sofri e como amei.
Quero que caçoem de mim até meu último suspiro por saberem que, de tanto pregar o amor, me preguei à um impossível e junto à minha covardia lancei-me ao enxofre.
Miserável! Maldita! Mau amada e todos os outros emes.
Algumas lagartas morrem lagartas. São banhadas de álcool e queimadas quando se aproximam demais das belas flores e dos bons frutos. Se retorcem, se arrastam e se encontram com a morte antes mesmo de criar as tão esperadas asas.
Se não fosse tamanha a vontade por aquelas folhas, se tivessem resistido, se esperassem elas voarem ao seu encontro não teriam passado por tal sofrimento. Mas como lidar com seu instinto? Como frear se o desejo te carrega à própria morte e abre sua sepultura?
É como me vejo.
Me deslumbrei, me deixei levar e, antes mesmo de sentir de perto o cheiro do verde, me vejo banhada em álcool.
Aguardo a morte.
Toquem músicas eruditas enquanto ardo em chamas e digam ao meu amor que eu a amei - e como amei.
domingo, 24 de junho de 2012
Parece até que grudaram um imã em mim e infincaram ferros em tudo o que é ruim.
O mal me segue e, como flecha, se instala em meu peito.
Estou a milímetros da morte;
Estou a meio passo de um precipício.
Como cão covarde me pego fugindo, correndo
me confundindo.
Os ouvidos se fecham enquanto grito socorro e quando se abrem já não tenho voz, nem fôlego.
Que sentido ha de ter essa vida tão maltrapilha?
Vagabunda, moribunda é o que sou! Por não ser como os outros da vitrine.
Quem sou já não importa e se o ter é o que me faz valer, nada valho porque nada tenho.
Minha riqueza não é apalpável, apesar de ser sensível a toques;
Meu ouro é o amor que carrego e o amor que carrego de nada vale para os que enxergam com olhos $ujos.
Pobres são os amantes
Ordinária sou.
O mal me segue e, como flecha, se instala em meu peito.
Estou a milímetros da morte;
Estou a meio passo de um precipício.
Como cão covarde me pego fugindo, correndo
me confundindo.
Os ouvidos se fecham enquanto grito socorro e quando se abrem já não tenho voz, nem fôlego.
Que sentido ha de ter essa vida tão maltrapilha?
Vagabunda, moribunda é o que sou! Por não ser como os outros da vitrine.
Quem sou já não importa e se o ter é o que me faz valer, nada valho porque nada tenho.
Minha riqueza não é apalpável, apesar de ser sensível a toques;
Meu ouro é o amor que carrego e o amor que carrego de nada vale para os que enxergam com olhos $ujos.
Pobres são os amantes
Ordinária sou.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
É que eu te amo
É certo que tua beleza me encanta, mas é tua verdade o que me fascina.
Já não me vejo sem teus abraços, mas é do teu olhar que necessito.
Tua essência te traduz, mas meu amor - tão confuso - não entende com clareza o que teu coração diz.
Desejo teu toque, desejo o amor que tens à derramar;
Quero tua plenitude.
Sonho com teus sorrisos que, involuntariamente, abrem os meus; sonho com sua voz que me cala e me apura os ouvidos... sonho com teu sabor.
O gosto dos frutos maduros me lembram os doces beijos que nunca demos. O mexer de asas dos pássaros lembram-me dos movimentos do teu corpo ao dançar pra mim em sonhos.
Te venero, te almejo.
"Não te quero em pedaços como quem coleciona peças de um enorme quebra-cabeça"; quero-te por inteiro.
Quero teus defeitos e teus cabelos bagunçados; te quero em teus dias de fúria e quero beijar-te antes do café.
Quero entrar na sua rotina e ser parte do teu dia-a-dia.
Quero viver nossas crises, resolver nossos problemas; quero que exista uma nossa vida.
Porque, como necessito de amor para viver, assim preciso de você.
Já não me vejo sem teus abraços, mas é do teu olhar que necessito.
Tua essência te traduz, mas meu amor - tão confuso - não entende com clareza o que teu coração diz.
Desejo teu toque, desejo o amor que tens à derramar;
Quero tua plenitude.
Sonho com teus sorrisos que, involuntariamente, abrem os meus; sonho com sua voz que me cala e me apura os ouvidos... sonho com teu sabor.
O gosto dos frutos maduros me lembram os doces beijos que nunca demos. O mexer de asas dos pássaros lembram-me dos movimentos do teu corpo ao dançar pra mim em sonhos.
Te venero, te almejo.
"Não te quero em pedaços como quem coleciona peças de um enorme quebra-cabeça"; quero-te por inteiro.
Quero teus defeitos e teus cabelos bagunçados; te quero em teus dias de fúria e quero beijar-te antes do café.
Quero entrar na sua rotina e ser parte do teu dia-a-dia.
Quero viver nossas crises, resolver nossos problemas; quero que exista uma nossa vida.
Porque, como necessito de amor para viver, assim preciso de você.
sábado, 9 de junho de 2012
No ventre de uma mulher, um bebê pergunta ao outro
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…
domingo, 3 de junho de 2012
Considero o passado e tento entender o presente para encontrar-me em paz com o futuro.
Quantos passos posso dar por vez?
Estou lutando com o tempo, não contra ele.
Seria possível ter pressa e estar calma ao mesmo tempo?
Quero meus frutos, quero ter em mãos os sonhos que deram lugar a outros; quero refrigério.
Quero encobrir más recordações com boas lembranças e acompanhar o desabrochar de cada uma das rosas que tanto espero.
Todo amor que me é soprado faz-me voar.
E como é fácil voar!
Sem sequer sentir saudades do chão, flutuo com os pensamentos no além.
Minhas mutações passam então a ser normais nesse novo mundo; é nesse universo paralelo, que construo desde os primeiros sonhos, que me refugio quando o solo me almeja.
Aquelas sementes brilhantes que joguei no chão, passaram de brotos à lindas árvores que me presenteiam com frutos chamados felicidade.
É nesse universo que posso sentir inúmeros sabores e inspirar espirais que me embalam com efeitos
alucinógenos.
As cores se confundem, os objetos se movimentam e o vento brinca com meus pensamentos.
Tenho sol, tenho lua e tenho estrelas ao mesmo tempo num mesmo céu.
Não me chamem; me deixem ficar.
É nesse planeta distante onde eu quero morar.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
A menina dourada - Parte 2
Dei meia volta e segui a trilha de volta pra casa.
Um sentimento estranho tomara conta de mim e eu não conseguia pensar em nada, a não ser na tal garota ruiva e em seu jeito diferente de tudo que já havia visto antes. Continuei curiosa sobre o que montávamos e a curiosidade aumentava mais a cada vez que eu olhava a peça que ficara comigo.
Adormeci e logo pela manhã voltei ao mesmo lugar onde a observei e por la fiquei durante horas, na esperança de encontrá-la e de conseguir desvendar todo mistério que ela deixara no ar no dia anterior.
Assim foi durante dias, semanas... eu sempre com a peça na mão direita, pronta pra entregá-la e nada da ruiva aparecer.
Eu já não sabia explicar o porquê de insistir tanto. Passei a sonhar com aquela cena e ficava assustada com a forma que fiquei mexida.
Minha família, um tempo depois, resolveu se mudar. Fomos para uma cidade ha 2 milhas de onde morávamos, onde nem o ar era semelhante ao do antigo lar. Árvores nos cercavam, pássaros nos visitavam todo o tempo e o céu, ah o céu, ele me deixava boquiaberta com tamanha beleza.
Durante alguns dias, esperavamos pelo resto das nossas coisas que ainda estavam na outra cidade e fomos avisados de que uma das caixas havia desaparecido e que já não poderíamos fazer muito para encontrá-la.
Enquanto organizavamos a casa, não sentimos falta de muita coisa. Na caixa desaparecida haviam apenas alguns objetos de porcelana que encontraríamos em uma lojinha qualquer.
Papai, empolgado com nosso imenso quintal - que mais parecia uma floresta - pendurou redes e balanços em várias das árvores e la eu sentava sempre pra sonhar e escrever. Num dos cochilos sob a árvore mais alta e recheada de folhas, sonhei que reencontrava aquela menina ruiva com quem eu já não sonhava a quase um mês - e que já nem me lembrava diariamente - e saiamos andando numa trilha linda, trocando sorrisos e gargalhadas como amigas de longas datas. Acordei atordoada e corri para o meu quarto, revirei as gavetas, as caixas ainda empacotadas e me lembrei que havia guardado a peça junto aos objetos de porcelana da vovó. Uma lágrima quente rolou pelo meu rosto e senti um forte aperto no peito. Era como se eu tivesse perdido uma parte de mim ou, pior, como se eu tivesse perdido alguém de extrema importância.
Nada, absolutamente nada, havia me deixado tão murcha. Passei o resto da semana revesando de rede em rede, balanço em balanço, pensando em como uma simples peça me deixara tão desolada. Foi então que comecei a pensar que o que me deixava mal não era o fato de ter perdido parte de um quebra-cabeça, mas sim o de deixar ao léu a única pista que tinha para encontrar a pessoa que mais mexeu comigo.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
A menina dourada - Parte 1
Vi de perto e reparei de longe aquela garota de cabelo ruivo, quase uma adulta, tentando montar um enorme quebra-cabeça.
Afastando todos os que se aproximaram oferencendo-lhe ajuda, ela segurou firmemente uma das peças contra o peito e, ao fechar os olhos, abaixou a cabeça como quem quer passar despercebido.
Minutos depois, ainda com o rosto abatido, ela recolheu todas as peças e as jogou dentro de uma mochila jeans com bolsos de couro preto, que parecia nunca ter sido lavada. Desconfiada, olhou para os lados e para trás, com a mochila ainda nos braços.
Não consegui disfarçar que a observava e, por impulso, levantei as sobrancelhas e dei meio sorriso, como se a conhecesse.
Ela comprimiu os lábios secos e pálidos e chamou-me, fazendo sinais com as mãos.
Lá fui.
A garota ruiva abriu mais uma vez a mochila e, sem dizer uma única palavra, me mostrou as peças do quebra-cabeça. Jogou-as
no chão, sentou-se junto a elas e me olhou como se fizesse um convite.
Lá sentei.
Começamos, então, a montá-lo.
O silêncio me matava, mas tinha medo de não saber puxar o assunto certo.
Assim foi durante os primeiros minutos, até que eu curiosa, perguntei o que estavamos montando.
- Um quebra-cabeça, oras! - respondeu-me como se isso já não fosse óbvio.
- Disso eu sei. Me refiro ao desenho - insisti.
Com cara de desdém ela pegou outra peça e fitou a parte ja montada procurando seu lugar.
O silêncio, outra vez, era o dono do espaço.
Larguei as peças, que punha sobre o colo, no chão e fiquei olhando a ruiva suar frio de nervoso, por não conseguir encontrar
o lugar certo de cada peça. Hora colocava a mão sob o queixo, outrora respirava fundo, olhava pra mim e coçava a cabeça.
Quebrei novamente o silêncio e disse em tom alto:
- Se você me disser qual desenho estamos tentando montar, pode ficar mais fácil.
Ela jogou as peças na mochila outra vez, levantou-se com pressa e saiu correndo sem se despedir.
Eu não entendia tamanha estranhesa e a deixei ir com uma peça a menos, que havia ficado no chão.
Tudo indicava que era uma das peças centrais - pois tinha encaixe nos quatro lados - e que completaria uma palavra ou frase.
As letras "ens" estampavam a tal peça.
Coloquei-a no bolso e quando olhei para o fim da rua, a ruiva louca já havia desaparecido.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Monomania
Já te fiz muita canção
São quatro, ou cinco, ou seis, ou mais
Eu sei demais
Que tá demais
São quatro, ou cinco, ou seis, ou mais
Eu sei demais
Que tá demais
Eu chego com um violão
Você só tá querendo paz
Você desvia pra cozinha
E eu vou cantando atrás
Você só tá querendo paz
Você desvia pra cozinha
E eu vou cantando atrás
Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é
Se juntar cada verso meu
E comparar
Vai dar pra ver
Tem mais você que nota dó
Eu vou ter que me controlar
Se um dia eu quero enriquecer
Quemvai comprar esse cd
Sobre uma pessoa só?
E comparar
Vai dar pra ver
Tem mais você que nota dó
Eu vou ter que me controlar
Se um dia eu quero enriquecer
Quemvai comprar esse cd
Sobre uma pessoa só?
sexta-feira, 11 de maio de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Futuros frutos de mim
Imagino um quintal grande, com árvores, flores, ervas e balanços por toda parte.
Imagino meus moleques correndo, sujos de lama e tinta, cantando a mesma canção que cantei durante toda minha infância e prometi a vovó que também ensinaria aos meus.
Consigo sentir o cheiro dos biscoitos que farei no fim da tarde; me vejo brigando com os meninos por não lavarem as mãos antes de comer e por deixarem a mais novinha pra trás.
Comecei a escrever contos, ainda na adolescência, para ler antes de fazê-los dormir. Sempre soube que seriam a peça que completaria esse grande quebra-cabeça que é a minha vida.
Ainda não chegaram, mas já estão prontos. Eu sinto que estão e sinto que vão me trazer aquela bendita coisa chamada felicidade.
Vou me preparando, sonhando e construindo nosso lar.
Serão mui bem-vindos, Bernardo, Mel e os demais que quiserem vir.
Já os mimo
sábado, 21 de abril de 2012
Volta sempre o sol
Ei bela moça, por que estás triste assim?
Como me dói ver-te de tal modo.
Não chore!
Aliás, chore sim. Mas use as lágrimas apenas para regar seu sorriso, não se afogue nelas.
"Nem tudo são flores, mas regue"
Venha! Dê-me sua mão , repita comigo: vou além!
Lhe ofereço meu ombro, minha amizade e sou toda ouvidos.
E, quer saber, eu escreveria nas estrelas motivos pra você nunca tirar aquele sorrisão do rosto.
Não hesite em procurar-me, estarei sempre por perto, com um doce em mãos, quando precisares.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
1.2
Cá estou lhe escrevendo outra vez.
Ainda não me acostumei com esse tal sentimento, mas já é mania criar textos inspirando-me no que poderiamos ser. Na verdade, no que eu acredito que somos, sempre que fecho os olhos!
Hoje compus uma canção com seu nome, acredita?
Enquanto corria pra me proteger da chuva, mais cedo, imaginava como seria gostoso ficar sob ela de mãos dadas contigo, olhando seu cabelo perder o volume , seus olhos fecharem e sua cabeça encostar lentamente no meu ombro. Pude sentir o seu cheiro ao sonhar acordada com isso!
Que loucura! Nunca imaginei ser capaz de sentir algo tão forte e intenso. E, ah, como é prazeroso carregar esse amor em mim. Mesmo não tendo uma resposta, mesmo com esse meu medo de revelar e demonstrá-lo.
Eu, logo eu, que sempre tentei ser transparente e dizer todas as verdades estou aqui, jogada à um amor platônico, sem coragem de assumi-lo inteiramente.
E, francamente?! Eu esperava mais de mim!!
Afinal, o que eu tenho a perder?
Eu poderia muito bem segurar os seus braços e dizer olhando fundo nos teus olhos o quanto eu te amo e o quanto eu desejo estar perto de ti todo o tempo.
Mas, olha como minhas pernas tremem só em pensar nisso!
Sem contar que, confessa, você me acharia uma louca.
Enquanto essa coragem não chega, me sinto satisfeita em te observar de longe, em compor com seu nome e em ouvir Eagles sonhando contigo.
"E, mesmo assim, eu queria te perguntar se você tem aí contigo alguma coisa pra me dar, se tem espaço de sobra no seu coração. Quer levar minha bagagem ou não?"
quinta-feira, 12 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
Mova-se
E como ser fria se meu coração é quente?
Pudera eu conseguir escrever sobre outros assuntos.
O que fazer de mim que só sei falar de amor?
Nada mais me cabe, o amor em mim transborda. Respiro esperança, paixões, emoções...
Apaixono-me diariamente, por seres, por coisas, por cores, por sons e até por pessoas, que pouco entendem de sentimentos.
Sinto, todos os dias, que amar me basta. Que o amor é o suficiente. Que o "sentir" é o que me move.
De que adianta ver e não querer? Que valor tem um beijo que nada desperta?
Ah, digo com certeza, se nenhum arrepio eu sentir, de nada valerá.
Que graça tem pintar sem imaginar o que a obra vai causar? De que adianta escrever se não se sentires a vontade consigo mesmo?
Repito! Sentir é o que nos move.
Sinta o amor. Ame. Mova-se.
Deixemos de lado essa mania de só querer amar alguém. Ame algo! Seja lá o que for. Olhem ao redor! Vejam quantas flores, quantas estrelas, quantos poemas... por favor, me diga, como nunca se apaixonou por essa lua divina?
Não siga os contos de fadas, crie seus próprios contos, oras! Sejam eles sobre o vento, o sol, o campo, objetos...
Vamos lá! Você é mais forte que você, como diria CL.
Basta sentir e se entregar
Pudera eu conseguir escrever sobre outros assuntos.
O que fazer de mim que só sei falar de amor?
Nada mais me cabe, o amor em mim transborda. Respiro esperança, paixões, emoções...
Apaixono-me diariamente, por seres, por coisas, por cores, por sons e até por pessoas, que pouco entendem de sentimentos.
Sinto, todos os dias, que amar me basta. Que o amor é o suficiente. Que o "sentir" é o que me move.
De que adianta ver e não querer? Que valor tem um beijo que nada desperta?
Ah, digo com certeza, se nenhum arrepio eu sentir, de nada valerá.
Que graça tem pintar sem imaginar o que a obra vai causar? De que adianta escrever se não se sentires a vontade consigo mesmo?
Repito! Sentir é o que nos move.
Sinta o amor. Ame. Mova-se.
Deixemos de lado essa mania de só querer amar alguém. Ame algo! Seja lá o que for. Olhem ao redor! Vejam quantas flores, quantas estrelas, quantos poemas... por favor, me diga, como nunca se apaixonou por essa lua divina?
Não siga os contos de fadas, crie seus próprios contos, oras! Sejam eles sobre o vento, o sol, o campo, objetos...
Vamos lá! Você é mais forte que você, como diria CL.
Basta sentir e se entregar
domingo, 8 de abril de 2012
Suplico
E quando as águas passadas se transformam em nuvens que voltam à tona pra causar
tempestades, já não se pode fugir.
De onde tiram tanta força pra nos derrubar?
Por que voltam? Pra quê?
Me cubro, me escondo mas, vejam só, a nuvem chegou logo atrás.
Se ao menos fosse uma chuva passageira, até serviria pra me regar e deixar-me mais
resistente ao que estivesse por vir.
Mas, como lidar com um dilúvio?
Vá, pelo amor, se vá!
Te peço, até perder o folego, me deixe em paz!
Que mal lhe causei pra sofrer tantas perseguições?
Que bem lhe fiz pra quereres tanta aproximação?
Não consegue me ouvir?
Ei! Me solte! Não me diga mais isso...
Não, por favor. Pare de repetir!
Não lhe pertenço, coisa alguma.
Achas mesmo que com tamanha loucura vais me ter ao teu lado?
Que olhar é esse?
Pare, estou assustada.
Você diz amor, mas transmite ódio.
Você sorri como uma criança, mas me olha como um psicopata.
Estou, ah, quem diria... estou com medo de você.
Eu secaria essas tuas lágrimas, se soltasses meus braços.
Eu tentaria te entender, se não estivesses gritando tanto.
Eu
Eu não acredito que me doei tanto à você.
Me machuquei, me desgastei. Eu lutei tanto por nós, querido.
E agora, veja à que ponto chegamos!
Você nunca se importou, nada tinha valor pra ti.
Agora que os sorrisos voltaram a fazer parte de mim, me apareces com essa bagagem imunda.
Não me obrigue a fazer isso. Te imploro. Pelo pouco de humanismo que restaste em ti, não me obrigue.
Mate-me ou me deixe fazer isso.
Eu prefiro
juro que prefiro.
Me diga adeus. Pra sempre, dessa vez.
tempestades, já não se pode fugir.
De onde tiram tanta força pra nos derrubar?
Por que voltam? Pra quê?
Me cubro, me escondo mas, vejam só, a nuvem chegou logo atrás.
Se ao menos fosse uma chuva passageira, até serviria pra me regar e deixar-me mais
resistente ao que estivesse por vir.
Mas, como lidar com um dilúvio?
Vá, pelo amor, se vá!
Te peço, até perder o folego, me deixe em paz!
Que mal lhe causei pra sofrer tantas perseguições?
Que bem lhe fiz pra quereres tanta aproximação?
Não consegue me ouvir?
Ei! Me solte! Não me diga mais isso...
Não, por favor. Pare de repetir!
Não lhe pertenço, coisa alguma.
Achas mesmo que com tamanha loucura vais me ter ao teu lado?
Que olhar é esse?
Pare, estou assustada.
Você diz amor, mas transmite ódio.
Você sorri como uma criança, mas me olha como um psicopata.
Estou, ah, quem diria... estou com medo de você.
Eu secaria essas tuas lágrimas, se soltasses meus braços.
Eu tentaria te entender, se não estivesses gritando tanto.
Eu
Eu não acredito que me doei tanto à você.
Me machuquei, me desgastei. Eu lutei tanto por nós, querido.
E agora, veja à que ponto chegamos!
Você nunca se importou, nada tinha valor pra ti.
Agora que os sorrisos voltaram a fazer parte de mim, me apareces com essa bagagem imunda.
Não me obrigue a fazer isso. Te imploro. Pelo pouco de humanismo que restaste em ti, não me obrigue.
Mate-me ou me deixe fazer isso.
Eu prefiro
juro que prefiro.
Me diga adeus. Pra sempre, dessa vez.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Vida que segue
Eu vou fechar os olhos e molhar o meu rosto.
Vou regar as sementes que plantei na minha varanda. Vou pendurar um bebedouro de água doce na janela, para os beija-flores me presentearem com visitas enquanto eu escrevo. Vou pegar aquele velho violão com cordas que nunca foram trocadas e vou tocar, vou tocar com todo o meu sentimento. Vou fechar os olhos outra vez e aí, aí cantarei. Cantarei com toda a minha voz, até sentir minhas lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto. Vou respirar fundo. Vou acender um incenso. Eu vou olhar fotografias e abrir um sorriso daqueles que deixam os olhos encolhidos e os ombros levantados. Vou desenhar estrelas por toda parte. Vou conversar com os astros. Vou correr atrás das nuvens e vou ver-te correndo em direção contrária. Vou me aproximar de ti. Vou te observar soprar um dente de leão. Vou te olhar fundo nos olhos. Vou te convidar pra vir comigo. Você vai dizer, sorrindo, que vem.
Eu vou abrir os olhos e vou secar meu rosto.
Vou regar as sementes que plantei na minha varanda. Vou pendurar um bebedouro de água doce na janela, para os beija-flores me presentearem com visitas enquanto eu escrevo. Vou pegar aquele velho violão com cordas que nunca foram trocadas e vou tocar, vou tocar com todo o meu sentimento. Vou fechar os olhos outra vez e aí, aí cantarei. Cantarei com toda a minha voz, até sentir minhas lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto. Vou respirar fundo. Vou acender um incenso. Eu vou olhar fotografias e abrir um sorriso daqueles que deixam os olhos encolhidos e os ombros levantados. Vou desenhar estrelas por toda parte. Vou conversar com os astros. Vou correr atrás das nuvens e vou ver-te correndo em direção contrária. Vou me aproximar de ti. Vou te observar soprar um dente de leão. Vou te olhar fundo nos olhos. Vou te convidar pra vir comigo. Você vai dizer, sorrindo, que vem.
Eu vou abrir os olhos e vou secar meu rosto.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Através da lente
Hoje eu percebi
Que algo acontece quando a Lua cresce
E eu posso ouvir
Alguns sussurros voando com o vento
Que vêm me seguir
Como os girassóis perseguem o sol
Querendo-o para si
É que hoje eu percebi
Que perceber o percebível não é tão simples assim
Que imaginar e colocar em folha pode ser o fim
De um pensamento que atravessaria
Que algo acontece quando a Lua cresce
E eu posso ouvir
Alguns sussurros voando com o vento
Que vêm me seguir
Como os girassóis perseguem o sol
Querendo-o para si
É que hoje eu percebi
Que perceber o percebível não é tão simples assim
Que imaginar e colocar em folha pode ser o fim
De um pensamento que atravessaria
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão
De quem herdastes olhos tão lindos, menina morena?
E essa tua pele macia, outro alguém também tem?
Ah! E como me encantas com esse teu linguajar, que parece ter sido tirado de um romance.
Já percebeu como me sinto ao teu lado? Já reparou em como meu riso se solta ao te ver?
Não repare. Isso! Por favor, não repare mesmo!
Mal consigo erguer a cabeça, tamanha a vergonha que sinto quando te encontro e, se reparar todos esses outros sintomas, mal vou conseguir respirar perto de ti.
Confesso, menina doce. Estou presa em algo que tens.
Na verdade, me prendi antes mesmo de te conhecer. Calma, eu também custei a entender!
Será um erro me entregar a um amor assim? Ta tudo tão incerto.
Será pecado gostar tanto assim de ti?
Oh, minha menina. És um sonho tão inalcançável e eu me perco tantas vezes tentando encontrar respostas.
Algo em ti desperta algo tão intenso em mim que já posso afirmar que seria eternamente feliz ao teu lado. Já sentiu algo parecido por alguém?
Como eu gostaria de lhe dizer desse sentimento; como eu gostaria de poder demonstrá-lo. Mas e esse turbilhão de coisas que passam pela minha cabeça? O que faço com eles? Ah céus, e se eles forem verdade? Me dá um medo.
Outrora penso que se recíproco fosse, não me importaria com essas vozes aos meus ouvidos, apenas remaria. Pois, como poderia ser errado um sentimento tão imenso? Como poderia ser pecado essa vontade tão gostosa?
Apesar de viver de paixões, nunca entendi muito sobre amor. Mas se esse é mesmo o maior e mais intenso sentimento, declaro estar te amando. Mas declaro em silencio.
Repito, minha menina. Tenho tanto medo.
Se, ao menos, você me desse um sinal, eu eu saberia que direção seguir. Se, ao menos, tivesses remos nas mãos, sem medo eu te chamaria pra remar comigo e até te contaria histórias no caminho.
Mas como saber? Eu mal consigo puxar assunto com você.
Ah, menina, "eu queria tanto que você não fugisse de mim. Mas se fosse eu, eu fugia".
Trilha sonora ao escrever o texto:
Tiê - Dois
Clarice Falcão - Qualquer negócio e Macaé
E essa tua pele macia, outro alguém também tem?
Ah! E como me encantas com esse teu linguajar, que parece ter sido tirado de um romance.
Já percebeu como me sinto ao teu lado? Já reparou em como meu riso se solta ao te ver?
Não repare. Isso! Por favor, não repare mesmo!
Mal consigo erguer a cabeça, tamanha a vergonha que sinto quando te encontro e, se reparar todos esses outros sintomas, mal vou conseguir respirar perto de ti.
Confesso, menina doce. Estou presa em algo que tens.
Na verdade, me prendi antes mesmo de te conhecer. Calma, eu também custei a entender!
Será um erro me entregar a um amor assim? Ta tudo tão incerto.
Será pecado gostar tanto assim de ti?
Oh, minha menina. És um sonho tão inalcançável e eu me perco tantas vezes tentando encontrar respostas.
Algo em ti desperta algo tão intenso em mim que já posso afirmar que seria eternamente feliz ao teu lado. Já sentiu algo parecido por alguém?
Como eu gostaria de lhe dizer desse sentimento; como eu gostaria de poder demonstrá-lo. Mas e esse turbilhão de coisas que passam pela minha cabeça? O que faço com eles? Ah céus, e se eles forem verdade? Me dá um medo.
Outrora penso que se recíproco fosse, não me importaria com essas vozes aos meus ouvidos, apenas remaria. Pois, como poderia ser errado um sentimento tão imenso? Como poderia ser pecado essa vontade tão gostosa?
Apesar de viver de paixões, nunca entendi muito sobre amor. Mas se esse é mesmo o maior e mais intenso sentimento, declaro estar te amando. Mas declaro em silencio.
Repito, minha menina. Tenho tanto medo.
Se, ao menos, você me desse um sinal, eu eu saberia que direção seguir. Se, ao menos, tivesses remos nas mãos, sem medo eu te chamaria pra remar comigo e até te contaria histórias no caminho.
Mas como saber? Eu mal consigo puxar assunto com você.
Ah, menina, "eu queria tanto que você não fugisse de mim. Mas se fosse eu, eu fugia".
Trilha sonora ao escrever o texto:
Tiê - Dois
Clarice Falcão - Qualquer negócio e Macaé
sexta-feira, 30 de março de 2012
Amigo é casa

"Amigo é feito casa que se faz aos poucos
e com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência
há que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger
E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá
e adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás
não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar
que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira
que mal dá pra capinar
e há que ver os pés de manacá
cheínhos de sabiás
sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis
choro de imaginar!
Pra festa da cumieira não faltem os violões!
muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre
aquecendo os corações
A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo
nas horas incertas
sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão."
Dedico aos meus.
quinta-feira, 29 de março de 2012
O que eu já não sentia mais
Te mantenho perto, te amo e já não tenho medo de dizer.
Te procuro em tudo e não te ter por um minuto me faz perder, completamente, o rumo. Ouvir tua voz faz meus dias melhores e rir contigo me faz esquecer os medos.
Talvez seja um dom que você tem, ou simplesmente eu encontrei o que muitas pessoas passam uma vida inteira procurando.
No teu silêncio eu encontro as respostas e ao sentir teus lábios eu me transformo.
Cada vez que te vejo, descubro em mim o que pensava não existir.
Não importa o que aconteça, não vá dormir antes que anoiteça.
Espere a Lua aparecer e ela vai te dizer o quanto eu preciso de você.
Que bom que você chegou
Te procuro em tudo e não te ter por um minuto me faz perder, completamente, o rumo. Ouvir tua voz faz meus dias melhores e rir contigo me faz esquecer os medos.
Talvez seja um dom que você tem, ou simplesmente eu encontrei o que muitas pessoas passam uma vida inteira procurando.
No teu silêncio eu encontro as respostas e ao sentir teus lábios eu me transformo.
Cada vez que te vejo, descubro em mim o que pensava não existir.
Não importa o que aconteça, não vá dormir antes que anoiteça.
Espere a Lua aparecer e ela vai te dizer o quanto eu preciso de você.
Que bom que você chegou
quarta-feira, 28 de março de 2012
Simples assim
Não vou me importar se você vier à pé
Com uma bermuda qualquer
E a barba por fazer
Prometo não espernear
Se você se atrasar
Ou se não puder comprar
O anel que eu desejei
E eu já nem me importo mais
Com seu jeito errado de falar
Já estou começando a gostar
Do seu jeito bruto de amar
Vem, vem meu bem
Nós podemos conversar
E o que interessa é a gente se... ah
Hoje eu desenhei
Num pedaço de jornal
Nossa casa e, no quintal,
Um rede com nós dois
E na janela um bolo esfriava
Enquanto eu cantava
E um tiê cantarolava pra me acompanhar
E foi assim que imaginei
A nossa vidinha feliz
Por dentro muita riqueza
E, por fora, simples assim
Com uma bermuda qualquer
E a barba por fazer
Prometo não espernear
Se você se atrasar
Ou se não puder comprar
O anel que eu desejei
E eu já nem me importo mais
Com seu jeito errado de falar
Já estou começando a gostar
Do seu jeito bruto de amar
Vem, vem meu bem
Nós podemos conversar
E o que interessa é a gente se... ah
Hoje eu desenhei
Num pedaço de jornal
Nossa casa e, no quintal,
Um rede com nós dois
E na janela um bolo esfriava
Enquanto eu cantava
E um tiê cantarolava pra me acompanhar
E foi assim que imaginei
A nossa vidinha feliz
Por dentro muita riqueza
E, por fora, simples assim
terça-feira, 27 de março de 2012
Swettheart
E se eu lhe enviasse cartas, flores e peças para que montasses um quebra-cabeça?
E, se ao montá-lo, uma frase com amor estivesse escrita?
E se eu não te desse dicas de quem sou, será que ao me ver algo despertaria em você?
Se eu pensei em fazer isso? Oras, de onde eu tiraria perguntas tão mirabolantes, se não da minha própria imaginação?
Eu só queria me aproximar, conseguir te proteger quando o mundo estivesse prestes a desabar sobre você.
Talvez isso soe clichê, talvez eu pareça apenas mais uma que se apaixonou por ti mas, ah, eu queria conseguir te dizer que não é bem assim... mas eu mal consigo entender, quanto mais lhe explicar
"Eu queria controlar isso
Mas, o amor, eu não pude evitar"
Quando eu já nem me importava em sentir arrepios, acabei esbarrando em você e olhe só pra mim, estou criando diálogos sozinha, imaginando que o vento que me toca são seus dedos; jurando que ao cantar pras suas fotos posso te alcançar de alguma forma.
Que nossos encontros são truques do destino, já não tenho dúvidas, mas como saber de qual lado ele está?
Eu preciso de você, traga suas cores... eu só consigo desenhar e está tudo tão cinza...
Oh tender girl,I wanted to control it.
E, se ao montá-lo, uma frase com amor estivesse escrita?
E se eu não te desse dicas de quem sou, será que ao me ver algo despertaria em você?
Se eu pensei em fazer isso? Oras, de onde eu tiraria perguntas tão mirabolantes, se não da minha própria imaginação?
Eu só queria me aproximar, conseguir te proteger quando o mundo estivesse prestes a desabar sobre você.
Talvez isso soe clichê, talvez eu pareça apenas mais uma que se apaixonou por ti mas, ah, eu queria conseguir te dizer que não é bem assim... mas eu mal consigo entender, quanto mais lhe explicar
"Eu queria controlar isso
Mas, o amor, eu não pude evitar"
Quando eu já nem me importava em sentir arrepios, acabei esbarrando em você e olhe só pra mim, estou criando diálogos sozinha, imaginando que o vento que me toca são seus dedos; jurando que ao cantar pras suas fotos posso te alcançar de alguma forma.
Que nossos encontros são truques do destino, já não tenho dúvidas, mas como saber de qual lado ele está?
Eu preciso de você, traga suas cores... eu só consigo desenhar e está tudo tão cinza...
Oh tender girl,I wanted to control it.
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